O câncer de pele é o mais comum no Brasil, representando 33% dos casos da doença no país. Todos os anos, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima cerca de 185 mil novos diagnósticos. Esses números destacam a importância da prevenção, especialmente no verão, quando a exposição ao sol aumenta devido às férias e às festas de fim de ano.
É aí que entra o Dezembro Laranja, uma campanha promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Desde 2016, ela nos lembra que proteger a pele é muito mais do que uma questão estética — é um cuidado essencial para a saúde. Com o tema “Proteger a pele é proteger a saúde”, a campanha busca incentivar hábitos simples que podem salvar vidas.
O que é o câncer de pele?
Acontece quando as células da pele crescem sem controle, formando tumores que podem ser benignos ou malignos. Esse problema se divide em dois tipos principais, cada um com características e formas específicas de surgimento. Confira:
- Melanoma — embora seja o tipo menos frequente, é o mais grave. Geralmente aparece como pintas, manchas ou sinais que mudam de cor, tamanho ou formato. Em pessoas negras, ele pode aparecer em áreas de pele mais clara, como as palmas das mãos ou as plantas dos pés;
- Não melanoma — esse é o tipo mais comum e menos agressivo, mas não dá para subestimar! Ele tem dois subtipos principais:
- Carcinoma basocelular — cresce devagar e costuma se parecer com uma ferida ou nódulo;
- Carcinoma espinocelular — surge com mais frequência em quem teve muita exposição ao sol e pode se manifestar como feridas ou verrugas avermelhadas.
Mesmo sendo diferentes, ambos têm algo em comum: quanto mais cedo forem identificados, mais fácil será o tratamento. Por isso, cuidar da pele é uma atitude simples que pode fazer toda a diferença!
Fatores de risco para o câncer de pele
Todo mundo precisa cuidar da pele, mas algumas pessoas estão mais expostas ao risco de desenvolver câncer de pele. Você está nessa lista? Confira os principais fatores de risco:
- Pele, olhos ou cabelos claros — essas condições deixam a pele mais propensa aos efeitos do sol;
- Histórico familiar — se alguém na sua família já teve câncer de pele, a chance de você desenvolver a doença aumenta;
- Exposição ao sol sem proteção — tomar sol sem protetor solar, chapéu ou óculos escuros é um convite ao problema;
- Câmaras de bronzeamento artificial — o bronzeado rápido pode custar caro à saúde da sua pele;
- Medicamentos imunossupressores — quem faz uso prolongado desses remédios precisa redobrar os cuidados;
- Doenças como vitiligo — algumas condições que afetam a pigmentação da pele podem elevar o risco;
- Trabalhadores ao ar livre — quem passa muito tempo sob o sol no trabalho, como agricultores, pescadores ou pedreiros, também precisa de proteção extra.
Como identificar os sinais?
Detectar precocemente o câncer de pele melhora as chances de um tratamento bem-sucedido. Mas como saber se há algo errado? Aqui estão alguns sinais para você prestar atenção:
- Pintas ou sinais que mudam de cor, forma ou tamanho — notou aquela pinta crescendo ou ficando com uma aparência diferente? É hora de procurar um médico;
- Machucados sem cicatrizar em até quatro semanas — se a ferida parece estar “encalhada” no processo de cura, preste atenção;
- Manchas que sangram, coçam ou descamam — esses sintomas não devem ser ignorados.
Uma forma prática de avaliar suas pintas e manchas é usar a Regra ABCDE, um guia fácil para identificar possíveis sinais de câncer:
- A: Assimetria — pintas assimétricas (diferentes de um lado para o outro) podem ser um alerta;
- B: Bordas — irregulares ou mal definidas devem chamar sua atenção;
- C: Cor — uma pinta com várias tonalidades, como marrom, preto, vermelho ou até azul, pode indicar problema;
- D: Dimensão — lesões maiores que 6 mm (mais ou menos o tamanho de uma borracha de lápis) merecem avaliação médica;
- E: Evolução — qualquer mudança em cor, tamanho, forma ou sintomas (como dor ou coceira) é um sinal para buscar ajuda.
Preste atenção a esses sinais e, se algo parecer fora do normal, procure um especialista. Cuidar da pele é cuidar da sua saúde!
Como prevenir o câncer de pele?
A boa notícia é que a prevenção pode ser simples e faz toda a diferença. Basta adotar alguns hábitos diários que protegem sua pele. Aqui vão algumas dicas fáceis:
- Inclua o protetor solar na sua rotina diária — mesmo em dias nublados, ele é essencial. Reaplique a cada duas horas, sempre que suar ou entrar na água;
- Evite o sol forte entre 10h e 16h — durante esse horário, os raios solares estão mais intensos, aumentando o risco de danos à pele;
- Capriche nos acessórios — chapéus, óculos de sol e roupas com proteção UV ajudam a barrar os raios nocivos;
- Procure sombra sempre que puder — ao fazer atividades ao ar livre, escolha um lugar com sombra para se proteger;
- Não se engane com o tempo nublado — mesmo em dias cinzentos ou chuvosos, o protetor solar é essencial, porque os raios UV continuam passando pelas nuvens.
Incorporar esses hábitos ao seu dia a dia é uma maneira fácil e poderosa de manter sua pele sempre protegida e radiante. Afinal, é melhor prevenir do que remediar, não é mesmo?
Diagnóstico: como confirmar o câncer de pele
Se você percebeu algo diferente na sua pele, é hora de procurar um dermatologista. O diagnóstico precoce faz toda a diferença, então não deixe para depois. Para confirmar se há câncer de pele, o médico pode usar alguns exames simples, como:
- Dermatoscopia — o dermatologista usa um aparelho especial para examinar as camadas mais profundas da pele e identificar sinais de problemas;
- Biópsia — quando há dúvida, o médico pode retirar uma pequena amostra da pele para analisar no laboratório e confirmar se as células são malignas.
Esses exames ajudam a detectar o câncer de pele de forma mais rápida e eficaz, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.
Tratamento: o que fazer após a confirmação do diagnóstico
Se o diagnóstico for positivo, o tratamento começa logo. A boa notícia é que, quando identificado precocemente, o câncer de pele tem altas chances de cura. O tratamento mais comum é a cirurgia, onde o tumor é removido. Porém, em casos mais avançados, pode ser necessário adotar outras abordagens, como:
- Radioterapia — um tratamento com radiação para eliminar células cancerígenas remanescentes;
- Tratamentos específicos — se houver risco de o câncer se espalhar, o médico pode usar tratamentos para prevenir as metástases.
O objetivo do tratamento é sempre garantir a melhor qualidade de vida possível, sem prejudicar a área afetada. Em outras palavras, o médico busca:
- Preservar a função da pele — manter a área tratada funcionando normalmente;
- Proteger o tecido saudável — remover apenas o necessário para garantir a saúde da pele;
- Garantir um bom resultado estético — o foco é deixar a pele o mais natural possível após a remoção;
- Eliminar o tumor por completo — a prioridade é garantir que o câncer seja totalmente retirado, sem deixar vestígios.
Com um diagnóstico rápido e o tratamento adequado, o câncer de pele tem grandes chances de cura. Não hesite em procurar um dermatologista se notar qualquer mudança na sua pele!
Para continuar cuidando da sua saúde, conte com o acompanhamento de um dermatologista de confiança. Você pode encontrar um profissional na nossa rede credenciada ou fazer parte do Programa Meu Médico das Clínicas Doutor PASA.
E se você ainda não é PASA, aproveite a Promoção Combo Saúde Total e ganhe três meses grátis de um dos nossos planos odontológicos ao contratar os planos Brasil, Capixaba ou Mineiro.